quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Nosso Chile em Carajás por Lucio Flávio Pinto.

Reproduzo abaixo trecho da matéria publicada no Yahoo(segue link).
http://colunistas.yahoo.net/posts/5847.html Vale a pena acessar e le-lo na íntegra.
"Diariamente, em nove viagens, o trem de Carajás, o maior trem de carga do mundo, com 330 vagões e quatro quilômetros de comprimento (logo terá mais 70 vagões), coloca 250 mil toneladas no porto da Ponta da Madeira, na ilha de São Luís, no litoral do Maranhão. Daí, o mais puro minério de ferro do mercado (com o dobro de hematita do minério australiano, seu mais próximo concorrente) segue para o mundo; 60% dele rumo à China e 20% para o Japão, os maiores compradores, a 20 mil quilômetros de distância.Para que haja essa quantidade de minério em condições de embarque, máquinas e homens, em turnos sucessivos de trabalho, que se estendem sem intervalos pelo dia inteiro, movimentam um milhão de toneladas de terra e rocha todos os dias. A pressão gera tensão, que impõe sacrifícios aos trabalhadores e dá causa aos acidentes. Provavelmente eles são muito mais numerosos do que os registrados pela companhia e apontados pelo governo. A tragédia do Chile parece mais próxima do que os anônimos acidentes de Carajás."

Nos resta a pergunta: será que um dia o Pará deixará a condição de colônia? E sua riqueza convertida em dignidade para os brasileiro e principalmente para os paraenses? A cada dia que passa ficamos alheios e até indiferentes a participação nos benefícios que a riqueza desse estado deveria nos oferecer. Antes de "acelerar" o Pará precisa acordar.

2 comentários:

  1. Estou pasma com esses números...tem muito mais coisa errada nessa terra do que conseguimos imaginar...

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  2. Pois é Angela, ninguém leva o Pará a sério, só o nosso minério. Moro aqui em Marabá e toda manhã por volta das 6 da manhã ouço o trem de minério passando e fico indignado de ver o nosso povo alheio a exploração dessa riqueza imensurável. A matéria prima que sai do Pará, passa pelo Maranhão e vai para o mundo, volta pra nós até como componentes de nossos computadores. Entregamos nos anos 90 grande parte de nossa riqueza mineral para grupos e corporações no Brasil e no exterior. SIM MINHA AMIGA ANGELA, AINDA SOMOS COLONIA ESPECIALMENTE QUANDO O POVO NÃO PARTICIPA DIRETAMENTE DA RIQUEZA QUE SUA TERRA TEM A OFERECER. :-(

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